Olha, eu nem sei mesmo quem sou. E jamais me encontrei
nesses becos escuros onde o silêncio e a dor se locomovem nos pulmões.
Também não há rastros de mim nas amarelinhas da Rua Vicente
Quaresma, verão, mil novecentos e noventa e sete.
Sabe? Não me importa mais saber se nasci há dez mil anos ou
morri nos vinte segundos subsequentes. Vou ali dar uma volta com o vento,
assoviar nem sei o quê e seguir sabe- se lá pra onde...
Michelle Portugal
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