sábado, 23 de outubro de 2010

Dias de desalento

Daniel disse de dona Dora, deu dó:
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-Demente,
Descabelada,
Débil desvairada
Detesto-te!
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Dura dor de dona Dora!
Decepcionada
desequilibrou,
deu duas dentadas.
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Daniel desacreditou:
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-Doida, deste-me dentadas?
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Depois desumanamente desenfreou dez disparos.
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Disse devagarzinho dona Dora:
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-D-e-u-s d-a-i-m-e d-i-a-s!
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Desacordada desabou.
Desfaleceu.
Dormiu...
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Danilo,
Dona Dulce,
Damião,
diante de dona Dora:
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- Deu duro danado. Descanse Dona.

- Daniel desgraçado, dizimado deverá!
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Dalém descia...
Dor doía dentro d’alma.
Desnorteio,
Desconsolo,
Desesperou-se:
- Deus duramente dispensará dores?
Divinamente dará descanso?
Desculpou-se, dizendo:
- dantes
Disparei
Despercebido,
Descontrolado.
Depois disso desapareceu.
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Delegado desacreditou.
Detetive deslocou de Diadema,
Descobriria Daniel dentro de dez dias.
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Despedindo-se depois de dona Dora... Danilo, Dona Dulce, Damião, declamaram desconsolados, duvidosos do destino dela:
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-Deus dará descanso! Dor doía dentro d’alma deles.
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Dias depois da despedida, detetive descobriu Daniel.
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Desatino dentro da delegacia: deprimido, debilitado... detestava-se. Dava dó da dor dele! Dor doía dentro d’alma...
...
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Data de duzentos dias depois da despedida dramática de Daniel. Descrevi detalhadamente.
Desculpe, desprovida destreza.
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Domingo, Dois de dezembro.
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(Michelle Portugal – 08/06/09)-

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