sábado, 29 de janeiro de 2011

Um segundo



Um segundo
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Ficou ali parado, ensimesmado com o azul. Notou que o vazio estava pleno e que a plenitude se embebia no vácuo.
Com grãos de silêncio, alimentava o próprio coração quase morto. Fome, sede e solidão. O mar se misturou às lágrimas e então ele abraçou o vento com os olhos fechados. Não sabia nada e já não importava nada saber. Agora, bastava-lhe o sentir, e o sentir o guiaria. Enxugou as lágrimas e sorriu... Um sorriso delicadamente azul.


Michelle Portugal    27/01/2011

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