quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Uma releitura de Teresa

Uma releitura de Teresa
 
A primeira vez que vi Teresa
Não tive tempo de olhar em seus olhos
Era uma daquelas mulherzinhas sem sal
De andar por aí à procura de emprego

Na segunda vez Teresa ficou muda
E só me ria com aqueles poucos dentes
Nos quais eu via graça... quanta graça!

Depois não vi mais ninguém
Nem Teresa nem tia nem  pai
Só o jornal e a manchete e o barracão
Despencando morro abaixo

Michelle Portugal

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