Podia esperar a chuva passar. O ônibus surgir na esquina. Ele ligar na sexta.
Um alento amanhã, qualquer cura. Podia fazer planos, cogitar, crer, tinha a vida inteira, não?
O estômago doía, doía.
Podia tanto e até tudo: engolir promessas esquisitas de anjos que ninguém viu, veria?
Agarrou-se na sombra da noite, solidão absoluta mas certa. Não tinha mais espírito pra esperas.
Michelle Portugal
Nenhum comentário:
Postar um comentário