Durma agora, meu bem
que a nuvem há de passar
pesada, levará tuas lágrimas
repouso do teu cansaço
Durma que a noite é breve
e essa dor um bobo sonho
ademais, virão outras nuvens
a plainar na tua aura clara
Há de haver outras dores
noutros dias, outros sóis também
teus anseios voltarão, o teu medo
e tudo o que não te agiganta:
a porta fechada do mundo
a tristeza de cada segundo
o vai-e-vem do infortúnio
Tua imagem clara, leve, santa
roubarão teus inimigos
e tudo será consternação
e tudo dor
e tudo tédio
Mas durma que há de passar a nuvem
que há de passar o sonho
a nuvem, o sonho
hão de passar
Michelle Portugal 10/06/2011
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