Quando me vier a sombra da morte e o silêncio
Pairar no ar qual nuvem em teimosia
Hei de comemorar o próximo ato
Que a vida gentilmente me cedeu
Quando me vier o negro véu da quietude
E tudo for pó e resto e sonhos já dormidos
Hei de angustiar-me pelo fato findo
Que a morte, num flerte cruel concedeu
E quando a doce luz da consciência
Aquietar qual ave já ao longe
Deixarei nos olhos que me amaram
A última letra, um verso final
Do poema que me fiz a cada dia
Michelle Portugal – 16/09/2010
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